No feriado do dia 12 fomos ao rio Ivaí fazer uma pesca, novamente eu, Tadeu e Winsley.

Local bom, legal, fácil de descer com os caiaques, e lá tem o Sr Wilson que aluga barcos para quem quiser pescar apoitado. O rio é calmo e fácil de navegar mesmo com remo.

Como estavamos em 3 e só 2 caiques, arrumamos um local no barranco onde ficamos durante o dia, e foi no barranco que peguei piau, na verdade 2, e de bom tamanho, valeu a pescaria.

Pescando no meio do rio, o Winsley pegou alguns mandis, não muitos, mas também valeu a pena. Encontramos lá alguns amigos de Maringá, eles pegaram um bote e fisgaram muitos mandis.

Caiaque do Winsley, carregado.

Novamente o Caiaque do Winsley, agora o bagageiro

Tadeu pescando de caiaque

Primeira vez que conseguimos virar o caique.

No barranco, Tadeu e eu.

Dois cumpadres combinam de pescar, mas conversando dizem que estão bebendo muito, e que dessa vez não vão levar pinga para a beira do rio.

Saíndo para pesca um deles carregava duas bolsas, que o outro perguntou.

- Que cê ta levando ai ?
- Uai cumpadre uma garrafa de pinga né.
- Mas nós não combinamos de não levar pinga ?
- É, mas ce aparecer uma cobra a gente precisa tomar um gole de pinga e jogar na picada para sarar.
- Isso é verdade cumpadre, mas e a outra bolsa ?
- A cobra né, vai que lá não tem.

Peixes de escamas, tem o corpo alongado, e boca com dentes, costumam ter pintas, de 1 a 3, sendo uma das marcas registradas.

Podem chegar a cerca de 30 cm, são peixes muito esportivos e puxam muita linha. Pesque sempre com equipamento leve, para dar mais emoção a pesca. No barranco pode se usar vara de bambu.

São ariscos, difíceis de pescar, mas quando acerta o local, a festa é completa.

São onívaros, isso siginifica que comem de tudo, para isca a melhor é o milho verde, mas pode-se usar minhoca, quaijo, macarrão próprio para pesca, e filé de peixe, já peguei muitos assim.

Essa semana promete ser boa para nós pescadores, temos um fim de semana prolongado.

Estou planejando pescar com caique no rio Ivaí, se até o fim de semana não sair a portaria da piracema, vamos num local próximo e Ivatuba, onde uma balsa antiga esta ancorada na margem.

Lá me disseram que também alugam barcos, vou ver como funciona, e coloco aqui todas as dicas.

O mandii é um peixe muito comum aqui nos nossos rios, diria que comum de mais, provavelmente não há um rio na nossa região que o que mais tem é mandi.

Existem várias especies do mandi, que é da familia dos bagres, o mandi deve ser manuseado com cuidado, pois tem ferrões nas laterais e em cima, que se te ferroar vai doer muito.

No Ivaí temos o mandi amarelo, mandi bicudo, mandi prata que o ferrão é encapado esse você pode pegar na mão tranquilamente.

O que tem muito também é o que chamamos de mandi mela oco, uma espécie pequena, levemente amarela e muito gosmenta, esse pega toda hora, principalmente no barrando ou próximo ao barranco.

Usa-se de isca principalmente minhoca, mas pode usar coração de boi, pedaços de peixe, e até pequenos lambaris. Ouvi dizer que tem quem usa queijo prato, mas nunca usei.

O lugar que mais peguei mandi foi onde o rio Pirapó desagua no Paranapanema.

Os melhores horários costumam ser de manhã e ao entardecer, mas não quer dizer que não pegue durante o dia inteiro.

Quem souber mais sobre o mandi ou tiver histórias legais, mande para mim que publico aqui.

Me lembro ainda hoje da primeira vez que fui a uma pescaria séria, fomos para ficar 4 dias em uma casa no rio Ivaí, chamada de Casarão no fundo de São Jorge do Ivaí. Eu tinha na época uns 12 ou 13 anos, e apesar de já ter pescado várias vezes, meu pai nunca tinha me levado para pousar no rio.

Para mim tudo era novidade, a casa na margem do rio, todo o companheirismo do pessoal, que na verdade eramos todos parentes, meu pai, e 4 tios meus.

Um primo meu estava junto, e na primeira noite fomos testados para ver se seríamos pescadores de verdade, os adultos nos deram 2 velas e 2 varas e nos mandaram sozinhos para o barranco pescar mandis. E essa primeira noite estava dando muito mandi no barranco, aqueles amarelos, hoje para mim seria uma maravilha, mas na época, menino sem experiência, tirar os mandis do anzol sem levar ferroadas era uma dificuldade. Eu e meu primo resolvemos parar de pescar, pois além do escuro da noite, era colocar o anzol na água que pegava mandi.

Ainda voltamos com o saburá pelo meio, e fomos aprovados, a partir daí todas as pescas eramos convocados. E também porque todo serviço chato da pesca ficava por nossa conta, enjoava de lavar louça e limpar peixe. Mas me apaixonei pela pesca.

Só para complementar, como o Ivaí ainda era um rio piscoso e ainda tinha muitos animais, eu vi na margem uma ariranha que comia algumas cabeças de peixes  que tinhamos limpado. Primeira e única vez que vi uma ariranha no Ivaí.

Neste fim de semana, realizamos uma pescaria de tucunaré em um braço do rio Paranapanema, no condominio Renascer do Sol.

Lugar maravilhoso, com toda infraestrutura necessária. Lago calmo, bom para andar de barco.

Neste dia usamos pela primeira vez 2 caiques Lontras próprios para pesca, eu e Winsley remamos muito, muito gostoso.

Eu achava que o caiaque não era muito seguro, que iria virar fácil, totalmente enganado, altamente confiável, pode-se pescar sossegado, para pesca de tucunaré é ótimo pois você pode ir onde quiser.

 
Winsley e eu (Marcelo) nos preparando para sair de casa, os caiques fixados em cima do carro.

Estrada chegando em Itaguajé, pegamos uma pequena chuva no caminho, mas não atrapalhou em nada.

Chegando no condominio, ao fundo o Rio Paranapanema

Eu ao lado dos caiques.

Winsley tambem ao lado dos caiques.

Na manhã de domingo, muito vento, não dava para pescar, impossivel entrar de caique no rio.

Nosso acamapamento.

Como no domingo cedo ventou muito, decidimos ir para Jardim Olinda, onde o vemos na foto o rio Pirapó desaguando no rio Paranapanema.

Aqui o Winsley resolveu remar com o caique no rio Piranpó.

Os caiques na água prontos para sair para pesca.

Eu remando o caique.

Aqui o Winsley remando.

A pescaria foi proveitosa, pois conhecemos e vimos como é fácil usar o caique para pescar. Pegamos alguns tucunarés na represa, e no Rio Pirapó não pegamos nada.

Mas valeu a pena, sempre vale a pena, como diz os pescadores, antes um pescaria ruim do que um bom dia de trabalho.