Me lembro ainda hoje da primeira vez que fui a uma pescaria séria, fomos para ficar 4 dias em uma casa no rio Ivaí, chamada de Casarão no fundo de São Jorge do Ivaí. Eu tinha na época uns 12 ou 13 anos, e apesar de já ter pescado várias vezes, meu pai nunca tinha me levado para pousar no rio. Para mim tudo era novidade, a casa na margem do rio, todo o companheirismo do pessoal, que na verdade eramos todos parentes, meu pai, e 4 tios meus. Um primo meu estava junto, e na primeira noite fomos testados para ver se seríamos pescadores de verdade, os adultos nos deram 2 velas e 2 varas e nos mandaram sozinhos para o barranco pescar mandis. E essa primeira noite estava dando muito mandi no barranco, aqueles amarelos, hoje para mim seria uma maravilha, mas na época, menino sem experiência, tirar os mandis do anzol sem levar ferroadas era uma dificuldade. Eu e meu primo resolvemos parar de pescar, pois além do escuro da noite, era colocar o anzol na água que pegava mandi. Ainda voltamos com o saburá pelo meio, e fomos aprovados, a partir daí todas as pescas eramos convocados. E também porque todo serviço chato da pesca ficava por nossa conta, enjoava de lavar louça e limpar peixe. Mas me apaixonei pela pesca. Só para complementar, como o Ivaí ainda era um rio piscoso e ainda tinha muitos animais, eu vi na margem uma ariranha que comia algumas cabeças de peixes que tinhamos limpado. Primeira e única vez que vi uma ariranha no Ivaí. |
Puts, a primeira vez que eu passei a noite no rio foi exatamente no Rio Ivai, em um barraco que o Renato Zambiel tinha em sua propriedade, na beira do rio, um pouco para baixo do salto em Floresta, eu tinha uns 11 ou 12 anos de idade foi inesquecivel. De lá para cá me apaixonei.